terça-feira, 6 de outubro de 2009

A Mala Estranha

Como vocês já me conhecem sabem que sofri muito nessa minha vida. Mas parece que sempre o destino está a me pregar peças. Não se já contei a vocês um episódio que aconteceu comigo. Creio que não, mas se tiver contado sempre é bom conversar.

Estava eu a trabalhar na minha churrascaria quando entra um senhor estranho com uma maleta esquisita. Não sei bem descrever como ela era , só que me arrepiei só de olhar para ela. Ele parecia nervoso, pois sempre estava a olhar para os lados. Eu, em meus 23 anos de vida nunca tinha visto uma pessoa naquele estado.

Meio como do nada do lado de fora da churrascaria começou um tiroteio, nem sei bem explicar como foi isso, só me lembro de ter levado um tiro. Horas após acordei em um hospital sem entender direito o que estava a acontecer. Foi então que meus amigos contaram o ocorrido. Mas não sabiam explicar o que eu estava fazendo com uma mala estranha.

- Que mala? – perguntei.
- Sei que o trauma que você sofreu faz com que haja uma perca parcial de memória, Damtim. Mas logo, logo você lembrará de tudo e explicará o que tem nessa mala. – disse Romualdo.
- Não sei de mala alguma.
- Quando você sair daqui e for pra casa depois da manhã nós conversaremos mais sobre esse assunto.

Passaram-se os dias e eu retornei para casa, quando chego adivinhem quem estava quem estava na porta. Pois é ele mesmo, Romualdo e ele estava com aquela mala esquisita.
De cara lembrei-me então do tiroteio, mas ainda não estava associando a mala a pessoa que estava com ela. Sei que é meio estranho mais sempre vinha uma espécie de volta a minha cabeça sobre o ocorrido.

Eu estava tão perplexo com tal estranha mala que tinha até medo de abri-la e nela conter uma bomba. Sei que isso é uma criancice por minha parte, mas vai saber o que esta bendita possui. Um dia cheguei até a colocar meu ouvido perto dela para tentar balançando ouvir alguma coisa, para meu desespero escutei um tic tac. Imediatamente soltei a mala e liguei para o esquadrão anti-bombas.

Quando eles chegaram fizeram todos os procedimentos básicos e abriram a mala. Para meu espanto não era nada, era somente um relógio que o dono tinha escondido quando viu o tiroteio. Quando o mesmo viu o que estava acontecendo pegou e correu e entrou na minha churrascaria para não ficar na linha de tiro.

Rapaz que apuro que passei e a vergonha nem se fala.